Viseu foi invadida por uma “febre” recente das ciclovias. A descarbonização é um bom princípio orientador, quando se pretende um planeta mais sustentável. Muitos de nós estamos a perceber a importância do ar que respiramos.
Nos primeiros anos de escola, ensina-se e aprende-se a importância que as árvores têm na renovação do ar, através da realização do processo de fotossíntese.
As árvores, na presença da luz solar, transformam o dióxido de carbono e a água em matéria orgânica, libertando para a atmosfera o oxigénio, que os seres vivos respiram.
Por aqui se depreende que as árvores são vitais ao equilíbrio ambiental. Qualquer criança de 5 anos percebe claramente essa importância.
Em frente ao Cemitério antigo de Viseu, na rua que fica entre a Farmácia da Misericórdia e a rotunda que dá acesso ao Hospital de S. Teotónio, a Câmara Municipal de Viseu mandou construir um troço de ciclovia de cerca de 400m.
É um troço aparentemente isolado, ali plantado em prol de uma política ambiental, imbuída de uma “febre”, designada como mobilidade saudável.
Esta situação indigna qualquer cidadão minimamente informado, que se preocupe com a preservação das espécies arbóreas.
Por outro lado, a Assembleia Municipal e a Freguesia de Viseu assistem a tudo isto com impavidez e serenidade.
A mim, espanta-me o silêncio ensurdecedor da Assembleia Municipal, que promove todos os anos uma Assembleia Municipal Infantil, com as crianças do 4.°ano, de todos os Agrupamentos de Escolas e Escolas Privadas de Viseu, em que o Ambiente e a sua preservação são tema recorrente.
Senhores políticos, façam o favor de me dizer como hei-de explicar a uma criança de 9 anos que aqueles que promovem Assembleias sobre o ambiente são os mesmos que mandam abater árvores saudáveis na Cidade Jardim.