O fundo da Comunidade Intermunicipal?

Com a inexorável avanço temporal tornam-se cada vez mais evidentes os dislates e desvarios a que todos somos sujeitos e onde é que eles nos levarão em breve.

  • 17:41 | Terça-feira, 14 de Maio de 2019
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Recentemente foi apresentado pela Ordem dos Economistas e com o contributo de inúmeras entidades oficiais o Ranking Municipal Português 2018 (RMP), tentativa de orientar as 308 autarquias portuguesas segundo quatro critérios principais.

Aqui no Rua Direita já houve quem abordasse o tema e manifestou preocupação com o facto de a autarquia de Viseu já não estar classificada entre as 30 primeiras, ao contrário do que acontecia no ranking de 2016, o que, de alguma forma, se compreende.

Aqui mais junto ao Mondego, no Concelho de Nelas, habituados que estamos a que os autarcas que governam nos últimos anos nos digam que somos o “Centro do Centro” e o farol do bem-estar na região, julgaríamos que não há motivo de preocupação. É-nos constantemente vendida a ideia que com este executivo as contas da Autarquia foram postas em ordem e que o futuro é radioso. É nos afiançado que antes deles era o caos e depois será o inferno.


Mas, consultado o RMP, e como não estamos a consumir propaganda barata e parola, verificamos que Nelas se encontra na posição 250 de 308. Constatamos mesmo que Nelas é o 13º pior município português no que concerne à sustentabilidade financeira. Se considerarmos a CIM onde se insere, Nelas é o pior município da Comunidade Viseu Dão-Lafões. Um “orgulho” certamente para todos os autarcas e responsáveis que insistiram e insistem em apoiar quem é e foi responsável pelo depauperar das finanças e do futuro do concelho.

Com a inexorável avanço temporal tornam-se cada vez mais evidentes os dislates e desvarios a que todos somos sujeitos e onde é que eles nos levarão em breve. Para já estão preparados mais uns milhões de empréstimo e continuamos, alegremente, no caminho de mais uma ruína. Ruína que será paga por todos e não, como deveria, por um grupo de deslumbrados liderados por uma espécie de autista que, julgando-se no “Centro do Centro”, nos coloca no fundo da CIM.

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Publicado em Opinião