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Paulo Neto
No dia em que se conhece o relatório da IGAS sobre a greve dos técnicos de emergência do INEM, que detecta graves falhas, nomeadamente no âmbito da Secretaria Geral da Saúde que terá ignorado os pré-avisos de greve, Ana Paula Martins continua a “limpar” conselhos de administração das USL.
Provavelmente é aquilo que esta ministra faz com mais competência, jurando a pés juntos que não são actos políticos a mando do governo ou por sugestão das estruturas locais do partido.
Claro que os nomes apontados, de Norte a Sul de Portugal são de elementos de quem ela conhece e reconhece o mérito e competência para a função, mesmo que sejam abalizados geógrafos ou outros sociais-democratas “emprateleirados” sem quaisquer ligações à área da Saúde.
Esta ministra, que se viu legitimada mais as secretárias de Estado nesta mini remodelação do governo, a pretexto da demissão de Hernâni Dias, que no Parlamento, perante as críticas à sua actuação afirmou “Não tenho nenhum problema em ser a pior ministra”, é uma coadjuvante preciosa na limpeza que Montenegro vai paulatinamente fazendo para acolher os mais de 26.000 provimentos em cargos de nomeação política contabilizados em menos de um ano de governação, superando já as do seu antecessor socialista em oito anos de governo.
Entretanto, no SNS, a tal bandeira preciosa do primeiro-ministro, nada se lobriga, para além da constante e recorrente agitação, dança de cadeiras, descontentamento generalizado e ausência de concertadas medidas de fundo para dar aos portugueses a prometida “melhor Saúde para todos”, bandeira afinal muito esfiapada das incumpridas promessa eleitorais.
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