Morrer no mar, com terra à vista

Os passageiros eram oriundos da Turquia, da Somália, do Paquistão e do Afeganistão. Deixaram os seus países em busca de uma vida melhor. Muitos deles, fogem da guerra. A maioria, da miséria. Por isso afrontam todos os perigos, creem em milagres, acreditam em todas as promessas, despojam-se dos seus últimos bens para pagar a passagem. A passagem para a morte. Até essa lhes saiu cara…

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  • 10:49 | Segunda-feira, 27 de Fevereiro de 2023
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Uma embarcação frágil, em madeira, com capacidade máxima de 30 pessoas naufragou no Mediterrâneo.

Mais uma, perguntar-se-ão? Sim, mais uma a vitimar, desta feita e para já 60 pessoas das 200 que transportava. Dezenas estão desaparecidas, mais de uma dúzia são crianças, por isso, com as condições climatéricas actuais, apesar de se terem resgatado 80 passageiros, a esperança de ainda encontrar os outros 60 é ténue. O que fará subir o número de vítimas para 120.

Os passageiros eram oriundos da Turquia, da Somália, do Paquistão e do Afeganistão. Deixaram os seus países em busca de uma vida melhor. Muitos deles, fogem da guerra. A maioria, da miséria. Por isso afrontam todos os perigos, creem em milagres, acreditam em todas as promessas, despojam-se dos seus últimos bens para pagar a passagem. A passagem para a morte. Até essa lhes saiu cara…


Andaram no mar durante quatro dias. Claro que não conseguimos imaginar estas quase 100 horas de 200 seres humanos “empilhados” no exíguo espaço onde mal caberia um décimo deles.

Quase atingiram o seu destino, porém, a madrasta vida e o atroz destino reservava-lhes a derradeira partida, com o mar enfurecido e encapelado a atirar e a despedaçar a embarcação contra as rochas.

 

(Foto DR do Jornal “Crotones”)

 

 

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Publicado em Opinião