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Paulo Neto
… Soma e segue estranhas, autocráticas e controversas atitudes, Ana Paula Martins, a farmacêutica que administrou o CH Lisboa Norte.
Ainda em estado de graça, sem o ex-bastonário dos médicos, agora deputado da AD, remetido ao silêncio dos anuentes e o actual bastonário aparentemente alheado dos problemas do sector (porque será?), a ministra vai metendo os pés pelas mãos, como foi recente caso na apresentação do Plano de Emergência para a Saúde, enfatizando números de 9.000 doentes oncológicos em espera, que afinal eram 2.300; no caso achincalhante da exoneração da antiga ministra da Saúde, Ana Jorge, do cargo de Provedora da Misericórdia de Lisboa; no caso com o director executivo do SNS, Fernando Araújo, que se demitiu e que quando se dirigiu ao ministério a apresentar em mãos o relatório de acção da sua equipa, nem sequer foi pela ministra recebido por esta se encontrar em conveniente agenda algures e nas críticas que continua a fazer-lhe mesmo após ter indigitado para o seu lugar um militar – síndrome do almirante?; na polémica que criou com a administração do CHTV – que deve ter “comprado” às estruturas dirigentes locais do seu partido – a qual se demitiu por “falta de confiança política” da tutela, isto na sequência das suas declarações pouco abonatórias sobre a sua efectiva actuação, invocando “lideranças fracas”.
Num misto de arrogância, insolência e autocracia, Ana Paula Martins vai fazendo a sua limpeza Tide…
Neste concreto caso, vamos esperar para ver quem são os competentes substitutos, eventualmente sugeridos pelos dirigentes e ex-dirigentes locais “laranja”, com quem publicamente existia uma relação de latente hostilidade com a referida administração hospitalar, comprovada nos contundentes e plurais comunicados por aqueles recorrentemente emitidos.
Nas fileiras da AD, ansiosos e em bicos de pés, são inúmeros, pelo país fora, os novos e putativos candidatos aos lugares de nomeação política, na gíria apodados de “comissários políticos”, como os dirigentes do PSD Viseu chamavam ao presidente do Conselho de Administração do CHTV.
Ana Paula Martins aparece assim encabeçando “a noite das facas longas”, arrasando tudo à sua frente e dando provas de falta de tacto, diplomacia e elementar bom senso.
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