Em Portugal, a inflação é a maior dos últimos 34 anos.
O aumento dos preços reflete-se na alimentação, nos combustíveis e energia.
A subida constante do preço da alimentação é uma das preocupações do momento. No entanto, as principais empresas do comércio a retalho obtiveram, no primeiro semestre de 2022, lucros muito substanciais.
Sabemos que a alimentação em boa parte das escolas recebe frequentes críticas.
Estas tornaram-se mais recorrentes a partir do momento em que alguém decidiu terminar com o funcionamento das cantinas escolares, passando este serviço a ser prestado por empresas externas.
Uma refeição completa constituída por sopa, prato principal e sobremesa rondava, em média, 1,42€ por criança sem escalão.
As crianças com escalão B pagavam metade deste valor, enquanto as crianças com escalão A não pagavam a refeição.
Todos sabemos que a alimentação é fundamental para o bom desenvolvimento das crianças, sendo ainda mais importante em tempos de crise e de alta inflação em que muitas famílias vêem o seu poder de compra diminuído.
É bom que os responsáveis políticos locais tenham em consideração todos estes fatores na hora de negociar a prestação deste serviço.
Este acompanhamento das refeições escolares poderia passar, num futuro próximo, ao abrigo da transferência de competências, a ser efetuado pelas Juntas de Freguesia, pela maior proximidade que têm e desde que acautelada a respetiva verba para o acompanhamento e avaliação da qualidade alimentar.