Aquando da primeira parte do Conselho de Estado, antes das férias de Verão, Marcelo Rebelo de Sousa parecia ter preparado uma enorme zurzidela no Governo.
Não contou foi com o voluntarismo dos conselheiros de direita que não olharam a qualquer comedimento para “bater no Governo”.
Tanto que, quando deram por ela, já não havia tempo para as intervenções do Primeiro Ministro e do Presidente da República.
Aquele ainda se dispôs a atrasar outros compromissos, mas o Presidente da República disse que não, que a sua intervenção seria longa e que “intervalava” o Conselho de Estado.
Foi uma situação nunca antes vista e que causou surpresa.
A segunda parte ocorreu ontem, 5 de setembro, e parece que só houve a intervenção do Presidente da República.
Afinal a “longa intervenção” durou vinte (20) minutos.
Ora isto mais não era que apoucar o Primeiro Ministro, dizendo que o que ele dissesse para nada contaria.
Daí o silêncio de António Costa.
Este silêncio parece ter “incomodado” no Palácio de Belém.
Mas qual é a admiração?
Não foi para “incomodar” que Marcelo Rebelo de Sousa disse que já tinha a sua intervenção escrita, sabendo que o Primeiro Ministro ainda não interviera?
Não foi para “incomodar” que o Presidente Marcelo disse que ainda vai ter uma palavra a dizer aquando da regulamentação do “Pacote da Habitação”?
Como dizia alguém “cada um no seu galho”