Madeira – O massacre do PS

Miguel Albuquerque foi taxativo: “Demitir-me-ei se não obtiver maioria absoluta!” – “Jogar a meio campo, não contem comigo!”. Não obteve maioria absoluta. Mas não se demite. Era bluff… Agora, mudando o registo, diz: “Tenho condições para formar um governo de maioria absoluta.

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  • 11:02 | Segunda-feira, 25 de Setembro de 2023
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Com uma abstenção de 46,7% de eleitores, os resultados na Madeira trazem consigo algumas reflexões:

A coligação “Somos Madeira”, do PSD com o CDS não obteve a maioria, elegendo 23 deputados com 43,1% dos votos.

O PS foi massacrado com uma pesada derrota, elegendo 11 deputados com 21,3%, perdendo 8 deputados.


A coligação “Juntos Pela Madeira” é a terceira força política, elegendo 5 deputados, com 11% dos votos.

Em 4º lugar surge o Chega que elege 4 deputados, com 8,9% dos votos.

A CDU, a IL, o PAN e o BE elegem 1 deputado cada.

Miguel Albuquerque foi taxativo: “Demitir-me-ei se não obtiver maioria absoluta!” – “Jogar a meio campo, não contem comigo!”. Não obteve maioria absoluta. Mas não se demite. Era bluff… Agora, mudando o registo, diz: “Tenho condições para formar um governo de maioria absoluta.

Por seu turno, o líder nacional do PSD, Luís Montenegro, foi taxativo: “Não há coligação com o Chega, nem na Madeira, nem no continente.” E disse mais: Luís Montenegro 1 – António Costa 0; PSD 1 – PS 0.

Deplorável foi a estratégia eleitoral do PS para estas eleições onde os boçais erros e a displicência se pagaram caros, com a perda de 8 deputados em relação a 2019. O mesmo PS que em 2015 teve 6 deputados, em 2019 19 e agora 11.  Todos os partidos subiram o seu score. O PS caiu abruptamente.

Entretanto, a IL, próxima do espectro político do PSD e do CDS apresta-se a dar o corpo às balas para juntar o seu deputado eleito aos 23 da coligação “Somos Madeira”, permitindo assim a maioria absoluta.

Já a líder do PAN fez a figura de oferecida para ter 1 deputado no governo regional da Madeira, vendendo-se por um prato de lentilhas e sujeitando-se a levar um vergonhoso Não, porque Albuquerque deve preferir a IL, mais próximo do seu espectro político. Inês Sousa Real poderá vir a pagar caro este “oferecimento”.

 

(Foto DR)

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Publicado em Opinião