Com uma abstenção de 46,7% de eleitores, os resultados na Madeira trazem consigo algumas reflexões:
A coligação “Somos Madeira”, do PSD com o CDS não obteve a maioria, elegendo 23 deputados com 43,1% dos votos.
O PS foi massacrado com uma pesada derrota, elegendo 11 deputados com 21,3%, perdendo 8 deputados.
A coligação “Juntos Pela Madeira” é a terceira força política, elegendo 5 deputados, com 11% dos votos.
Em 4º lugar surge o Chega que elege 4 deputados, com 8,9% dos votos.
A CDU, a IL, o PAN e o BE elegem 1 deputado cada.
Miguel Albuquerque foi taxativo: “Demitir-me-ei se não obtiver maioria absoluta!” – “Jogar a meio campo, não contem comigo!”. Não obteve maioria absoluta. Mas não se demite. Era bluff… Agora, mudando o registo, diz: “Tenho condições para formar um governo de maioria absoluta.
Por seu turno, o líder nacional do PSD, Luís Montenegro, foi taxativo: “Não há coligação com o Chega, nem na Madeira, nem no continente.” E disse mais: Luís Montenegro 1 – António Costa 0; PSD 1 – PS 0.
Entretanto, a IL, próxima do espectro político do PSD e do CDS apresta-se a dar o corpo às balas para juntar o seu deputado eleito aos 23 da coligação “Somos Madeira”, permitindo assim a maioria absoluta.
Já a líder do PAN fez a figura de oferecida para ter 1 deputado no governo regional da Madeira, vendendo-se por um prato de lentilhas e sujeitando-se a levar um vergonhoso Não, porque Albuquerque deve preferir a IL, mais próximo do seu espectro político. Inês Sousa Real poderá vir a pagar caro este “oferecimento”.
(Foto DR)