O líder do Chega revelou, no meio do optimismo que o anima, o primeiro sinal de inquietação ao afirmar num comício na Figueira da Foz que está em curso um processo de desvirtuar os resultados eleitorais de 10 de Março, em possível fraude que visa anular os votos do seu partido, apontando o dedo, entre outros, a elementos do BE em funções nas mesas de voto, bem como ao voto das comunidades portuguesas no estrangeiro. E mais desaforadamente concluindo que “Pelos consulados, dominados pelo PS e o PSD pelo mundo fora, ouvimos chegar notícias de tentativas verdadeiras de boicote ao voto”.
Mais, como um macaco de imitação, segue piamente as pisadas dos seus ídolos, Trump e Bolsonaro, os quais, com as derrotas à vista nas eleições dos EUA e Brasil, inventaram estas balelas e rumores para justificar o seu insucesso.
Ventura, aquele que nenhum partido democrático quer a seu lado, um indivíduo que faz da desordem, da mentira e do deslumbramento das promessas eleitorais o seu sacro catecismo, percebe, com a intuição política que não lhe é negada, que o “élan” primeiramente registado está, de alguma forma a afrouxar e que o resultado eleitoral, eventualmente muito melhorado, não corresponde às expectativas antes previstas.
Vai daí…