Lição de Economia
O programa governamental “NOVAS OPORTUNIDADES“, criou génios à velocidade da luz. A minha prima Carminda, já é Doutora após galgar, durante um ano, todos os patamares do Ensino Secundário e Universitário, acho eu. Se assim não fosse, como poderia saber ela tanto de Economia? Querem ver? Ontem, no jantar de aniversário do filho mais novo […]
O programa governamental “NOVAS OPORTUNIDADES“, criou génios à velocidade da luz. A minha prima Carminda, já é Doutora após galgar, durante um ano, todos os patamares do Ensino Secundário e Universitário, acho eu.
Se assim não fosse, como poderia saber ela tanto de Economia? Querem ver? Ontem, no jantar de aniversário do filho mais novo do Lopes, ainda antes da bagunçada do apaganço das velinhas, a Carminda puxou a conversa para o lado da política e, como quem não quer a coisa, já estava a perorar sobre a crise: a crise isto, a crise aquilo, os gajos que mandam são isto e aquilo, o que lhes devíamos fazer era coisa e tal. Concluindo, a Carminda, deve ser mesmo Doutora, porque, se não o fosse, onde teria ido buscar tanta sabedoria?
Olhem só esta lição de Economia, da Carminda!
Contou ela este exemplo para fazer valer os seus pontos de vista:
Um viajante que vem para a Feira do Queijo chega à Pensão da D. Ana para dormir, mas pede para ver o quarto. Entretanto, como caução, sinal de boa vontade e de confiança entrega-lhe duas notas de 100 euros. Enquanto o viajante inspeciona os quartos, a D. Ana sai correndo com as duas notas de 100,00 euros e vai ao talho do Zé António Pina ali mesmo ao lado pagar as compras do dia, exactamente de 200 euros. Surpreendido pelo pagamento inesperado, porque estava acordado o pagamento a 8 dias, o Zé António aproveita para pagar ao fornecedor da carne, que por acaso ali estava, uma factura também de 200 euros. Este, por sua vez, pega também nas duas notas e corre ao Café TASSBEM pagar o empréstimo a um amigo, no montante de 200,00 euros, que este lhe fizera no dia anterior para adquirir os medicamentos para a filha doente com varicela. O amigo, com as duas notas na mão, corre disparado e vai ali ao lado liquidar uma dívida que tinha com uma amiguinha de peito…. coincidentemente, a dívida era de 200 euros. Esta, agradecida, sai com o dinheiro em direcção à Pensão da D. Ana, lugar onde habitualmente levava os seus clientes e amigos, pois, ultimamente, não havia pago o aluguer pelas acomodações. Valor total da dívida: … 200 euros. Ela avisa a D. Ana que está a pagar a conta e coloca as notas em cima do balcão.
Nesse preciso momento, o viajante retorna do quarto, diz não ser o que esperava, pega nas duas notas de volta, agradece e sai da pensão.
Ninguém ganhou ou gastou um cêntimo, porém, agora, todos liquidaram as suas dívidas, e com o crédito restaurado, começam a ver o futuro com confiança!
MORAL DA HISTÓRIA: NINGUÉM QUEIRA ENTENDER A ECONOMIA!
Ora, digam lá: acham que esta lição de economia dada pela Carminda era possível se ela não fosse mesmo Doutora?