Miguel Alves antigo autarca de Caminha e ex-secretário de Estado Adjunto do Primeiro Ministro foi declarado inocente pelo colectivo de juízes do tribunal de Viana do Castelo, que consideraram não se ter provado que “os arguidos tenham iniciado, deliberadamente, ações que violassem as normas da contratação pública, para obter benefícios pessoais, traindo a confiança dos cidadãos e das instituições públicas”.
Este caso levou ainda à queda do Governo Regional da Madeira e à demissão do seu presidente, Miguel Albuquerque.
Quanto à “Operação Influencer” que levou ao pedido de demissão do primeiro-ministro António Costa, acusado de prevaricação, e à dissolução da Assembleia da República por Marcelo Rebelo de Sousa, meses volvidos, continua em “banho maria”, no STJ.
Estas decisões judiciais do Ministério Público têm tido relevantíssimas consequências para o normal funcionamento do país, carreando em si custos materiais de milhões de euros, com dissoluções, demissões. eleições, paralisações e gravosos reflexos na opinião pública. Se não houver consequências penais em conformidade, quem as paga?
Entretanto, a Associação Sindical dos Juízes Portugueses, pela voz do seu presidente o desembargador Manuel Soares, entende que a decisão judicial do caso da Madeira é “susceptível de criar alarme social”, sendo “importante que o MP tranquilizasse a opinião pública” sobre os contornos da sua actuação.
Por outro lado, ainda nada se sabe, da parte do Ministério Público e da Inspecção-Geral das Actividades em Saúde (IGAS), acerca de outro caso coetâneo, relevante e fortemente badalado na CS, o das “das gémeas brasileiras”.