“Já tem tiques de político”
Gosto das entrevistas de Maria Flor Pedroso. Hoje, às 23:15, começou o programa e a dupla de entrevistados prometia. Prometia, mas não cumpriu a promessa perspectivada. Os líderes da JS e JSD não conseguiram, ou não quiseram, afastar-se de um discurso redondo e enfadonho, politiquês com aroma a naftalina. Se apenas escutasse a entrevista […]
Gosto das entrevistas de Maria Flor Pedroso. Hoje, às 23:15, começou o programa e a dupla de entrevistados prometia. Prometia, mas não cumpriu a promessa perspectivada. Os líderes da JS e JSD não conseguiram, ou não quiseram, afastar-se de um discurso redondo e enfadonho, politiquês com aroma a naftalina. Se apenas escutasse a entrevista na rádio e não fossem devidamente apresentados os protagonistas, poderia ser levado a pensar que seriam dois políticos desgastados, em fim de carreira, sem novidades e à espera da reforma, sopas, descanso e empresas…
Uma das últimas questões colocadas foi a seguinte: Já tem candidato presidencial?
O líder da JSD começa por dizer: “Repare…”
Maria Flor Pedroso atirou letalmente: “Já tem tiques de político”.
À questão “O que considera mais negativo na liderança de António Costa?, o jovem líder socialista respondeu: “(…) Só está na liderança há seis meses (…) acredito que daqui a um ano, sendo Primeiro Ministro, possa referir-me a ele com algum desapontamento.”
Dois momentos que permitiram não adormecer e manter a atenção até ao fim…
A senhora sabe o que questionar, convém manter o estúdio equilibrado…
Quanto ao resto, educação para a cidadania, redução do número de deputados, renovação dos partidos, blá…blá…blá…um chorrilho de banalidades e anacronismos políticos.
Recordo e relato uma história real. Há uns anos, um amigo dizia-me: “Temos uma sondagem que nos diz que o X se tivesse sido candidato podia ter ganho a câmara Y.”
Perguntei: “Porque não se candidatou”.
Começou por responder: “Repara (…)
Coloquei outra questão: “Votarias, para presidente da tua câmara, numa pessoa que nunca trabalhou, andou até aos 30 anos para terminar o curso (entretanto mudou de faculdade…), nunca geriu mais do que a mesada concedida pelos pais?”
Resposta: “Então, e não há deputados sem experiência nenhuma?
Por aqui me fico…