Imaginemos que era noite e eu circulava na rotunda junto ao RI 14.
Imaginemos que um carro bateu na parte direita traseira do meu carro, provocando danos na chapa e no pneu.
Imaginemos que os ocupantes do outro veículos fingiram que nada tinha acontecido e bateram em retirada.
Imaginemos que tive de os ir buscar ao McDonald’s, confrontando-os e correndo riscos.
Imaginemos que liguei para a PSP e me disseram que não tinham meios para se deslocarem ao local.
Imaginemos que me incomodei com a resposta e que me sugeriram que preenchesse a declaração amigável.
Imaginemos que não preenchíamos e que o toque se transformava em contenda física e desacatos.
Imaginemos que, a custo, tudo isto acabou em bem, mas podia não ter acabado.
Imaginemos que não vi outros acidentes ou desacatos, no perímetro urbano.
Imaginemos, mesmo assim, a falta de recursos, humanos e materiais, inadmissível num país da UE, que se dá ares de desenvolvido.
Imaginemos que tudo isto é treta, fruto da falta de assunto para a crónica semanal.
Imaginemos tudo e mais ainda.
Mas a verdade é que foi verdade. Mau demais…
Não iria à falência uma fábrica de tapetes para esconder o lixo que se esconde sob as verdades oficiais…