Imaginemos…

Imaginemos que liguei para a PSP e me disseram que não tinham meios para se deslocarem ao local.

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  • 16:18 | Terça-feira, 07 de Setembro de 2021
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Imaginemos que era noite e eu circulava na rotunda junto ao RI 14.

Imaginemos que um carro bateu na parte direita traseira do meu carro, provocando danos na chapa e no pneu.

Imaginemos que os ocupantes do outro veículos fingiram que nada tinha acontecido e bateram em retirada.


Imaginemos que tive de os ir buscar ao McDonald’s, confrontando-os e correndo riscos.

Imaginemos que liguei para a PSP e me disseram que não tinham meios para se deslocarem ao local.

Imaginemos que me incomodei com a resposta e que me sugeriram que preenchesse a declaração amigável.

Imaginemos que não preenchíamos e que o toque se transformava em contenda física e desacatos.

Imaginemos que, a custo, tudo isto acabou em bem, mas podia não ter acabado.

Imaginemos como, num ar, podemos ficar ao abandono, sem a protecção de quem devia garantir-nos a segurança.

Imaginemos que não vi outros acidentes ou desacatos, no perímetro urbano.

Imaginemos, mesmo assim, a falta de recursos, humanos e materiais, inadmissível num país da UE, que se dá ares de desenvolvido.

Imaginemos que tudo isto é treta, fruto da falta de assunto para a crónica semanal.

Imaginemos tudo e mais ainda.

Mas a verdade é que foi verdade. Mau demais…

Não iria à falência uma fábrica de tapetes para esconder o lixo que se esconde sob as verdades oficiais…

 

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Publicado em Opinião