Foi sempre discreto, e nem sempre eficaz. Entrou na sala, agora, como um elefante numa loja de cristais. Que, afinal, o seu ministério do Ensino Superior tinha enviado ao ministério das Finanças pedidos de apoio para projectos científicos, destinados ao ISCTE e aos Politécnicos de Tomar, Alcobaça e Santarém. E que só o do ISCTE mereceu aprovação. O mesmo instituto onde, por coincidência, João Leão tinha sido professor e, agora, dispensado do governo, voltou, subindo a vice-reitor.
Com o dinheiro oferecido numa bandeja, oito milhões de euros, constantes da proposta de orçamento para 2022, que ele, na primeira pessoa, ajudou a desenhar, pode o ISCTE fazer um brilharete, com Leão na proa, disputando a vante com Milú, a maior vilipendiadora da classe docente, no período pós 25 de Abril, com constantes líbelos acusatórios à profissão.
E, governo após governo, não saímos disto, das suspeitas, um triste fado. Mesmo serpenteando como as piores cobras, todos caem na malha.
(Foto DR)