Com as análises e comentários que têm sido feitos, parece que o PS ainda vai ter que pedir desculpa por ter vencido as eleições legislativas de 30 de janeiro.
Foram as sondagens que, ao apresentarem um empate técnico, levaram ao voto no PS.
Foi Rui Rio que não se demarcou da extrema direita e até admitiu, ainda que de forma mitigada, alguma das suas medidas.
Foi André Ventura que “assustou” muitos eleitores e mobilizou para o voto no PS muitos que pensavam na abstenção.
Foi a indução em erro de perceção sobre o “verdadeiro” culpado do chumbo do OE.
Foi um voto precipitado de que os eleitores se arrependerão a breve trecho.
Tudo serve para apoucar a maioria absoluta alcançada pelo PS.
Por tudo isto amanhã vão exigir que o governo apresente um programa que tenha como referenciais as propostas dos partidos vencidos.
A maioria absoluta, como disse António Costa, não é poder absoluto.
Mas também não é governar ao sabor dos humores da ou das minorias.
O PS tem que responder aos anseios dos que nele votaram e não tem que justificar-se por ter vencido as eleições.
Haja decoro!
Post Scriptum: Ainda não há indigitação formal do Primeiro Ministro e já o Presidente Marcelo envia recados ao Governo.
Também ele não resiste à demagogia e já dá mostras de temer perda de importância.