Quem mais sente a crise económica, motivada ou não pela guerra, é o povo trabalhador.
A análise económica ao 1.° semestre de 2022, marcado pela guerra na Europa desde 24 de fevereiro, não provocou qualquer dano aos grandes grupos económicos portugueses, nem à banca.
No lado oposto, as famílias assistiram a um aumento significativo dos gastos com alimentação, energia e combustíveis, ou seja, bens essenciais, pois, todos temos de comer e de nos deslocar.
As famílias que compraram casa vêem-se confrontadas com os recentes aumentos das taxas de juros.
À boleia da guerra, as famílias perderam poder de compra, enquanto os grandes grupos económicos engordaram substancialmente.
O governo também foi outro dos beneficiários, pois, neste primeiro semestre, atingiu as receitas previstas para o corrente ano, resultantes da cobrança de impostos indiretos, muito por culpa do aumento da taxa de inflação que atingiu os produtos alimentares, a energia e os combustíveis (o consumo de gás e da electricidade ainda são taxados a 23% na maior parte dos casos).
Aqui chegados, só uma redução de impostos indiretos poderá colocar alguma justiça económica entre os grandes beneficiados e aqueles que não tiveram qualquer benefício, neste primeiro semestre do ano.
(Foto DR)