Fernando Ruas, em contenda com a “Berrelhas”, vai privar os viseenses de transportes públicos?

Mas evidencia ainda uma arrogância do “posso, quero e mando” muito ligeirinha, despropositada até ser explicada, que, no fundo, transmite a imagem de um executivo gasto, sem ideias, sem obra feita e, mais grave ainda, alheado dos seus deveres autárquicos ao ser capaz de pôr em causa os justos direitos dos seus munícipes.

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  • 17:50 | Terça-feira, 25 de Fevereiro de 2025
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Há muito que os transportes públicos de Viseu, designados por MUV – Mobilidade Urbana de Viseu – têm sido efectuados pela empresa de camionagem “Berrelhas”.

De há uns tempos a esta parte, por motivos ainda pouco claros, a relação entre a CMV e a empresa “Berrelhas” vem-se gradualmente degradando, chegando agora ao limite de esta se ver compelida a publicitar publicamente que a partir do dia 1 de Março “não assegurará a execução do serviço de transportes MUV.”

 


Uma tomada de posição deste teor não se assume de ânimo leve. Invocam-se  “enganos” contratuais que envolvem montantes elevados de vários milhões de euros, os quais terão deteriorado o natural entendimento entre as partes e que conduziram àquilo que a gerência da empresa considera ser a “absoluta impossibilidade de manter a exploração do serviço de transporte altamente deficitário”.

Da parte da autarquia e do vereador responsável pelo pelouro dos transportes colectivos e urbanos, até ao momento, não há esclarecimentos sobre o assunto, colocando os viseenses perante um singular “braço de ferro”, altamente lesivo dos milhares de utentes destes transportes, que os usam no seu quotidiano para se deslocarem de casa para o trabalho e vice-versa.

Esta aparente incapacidade dialogal do executivo camarário de Fernando Ruas, ademais fechado na recusa de se explicar e aos seus actos, que deverão ser sempre públicos e transparentes, permite conjecturar indícios de uma postura desadequada de uma optimizada gestão autárquica, vitimizando aqueles que são sempre, em primeira e derradeira instância, a sua razão de ser e fundamento de existir.

Mas evidencia ainda uma arrogância do “posso, quero e mando” muito ligeirinha, despropositada até ser explicada, que, no fundo, transmite a imagem de um executivo gasto, sem ideias, sem obra feita e, mais grave ainda, alheado dos seus deveres autárquicos ao ser capaz de pôr em causa os justos direitos dos seus munícipes.

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Publicado em Opinião