EUA – Quando o crime compensa…

Donald Trump é a reencarnação de todos esses “durões-fanfarrões”. Por isso, pela primeira na história dos EUA talvez venhamos a ter um presidente condenado em diversos processos – vai a procissão no adro – que vão desde todo o tipo de fraudes fiscais, a incitamento à rebelião, e “very dark stories” com estrelas do porno local.

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  • 16:20 | Domingo, 02 de Junho de 2024
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Muitos dos norte-americanos foram criados na cultura cinematográfico dos filmes de cow-boys, tipo Bonanza e Zorro. Depois veio a geração da Bonnie and Clyde e demais gangsters, estilo Al Capone. As gerações seguintes, ao estilo Apocalypse Now identificaram-se com Marlon Brando até chegar o Arnold Schwarzenegger, o Super Homem, Clark Kent e o Tom Cruise dos aviões. Agora crêem-se Matrix… Pelo meio irrompeu com fragor e milhares de vítimas o 11 de Setembro, que foi uma espécie de “knockout” violentíssimo no super ego de milhões de crentes na invencibilidade USA, apesar de uma Coreia, de um Vietname “and so on”…

Entre bons e vilões foram tomando partido e instalando no seu inconsciente as imagens-reflexo daqueles heróis, fanfarrões e maus da fita que todo o americano gostaria de ser uma vez na vida.

Donald Trump é a reencarnação de todos esses “durões-fanfarrões”. Por isso, pela primeira na história dos EUA talvez venhamos a ter um presidente condenado em diversos processos – vai a procissão no adro – que vão desde todo o tipo de fraudes fiscais, a incitamento à rebelião, e “very dark stories” com estrelas do porno local.


Em circunstâncias normais para qualquer cidadão-escroque, este estaria na prisão, teria visto os seus bens serem penhorados e, seria corrido de qualquer presente e futura actividade pública e política regional ou nacional.

A própria Constituição norte-americana nunca teve a ousada imaginação de prever um caso tão execrando como este, estando omissa na sua legislação punitiva/impeditiva.

Com Trump, a Justiça fica de rastos e sem credibilidade para julgar o comum dos mortais. Se temos um presidente criminoso, que mal há em sê-lo?

Com um oponente envelhecido, senão senil, o democrata Joe Biden, com a incapacidade da sociedade apresentar renovação ao invés do mais do mesmo, corre-se o risco do conservador da extrema-direita (passe a tautologia) Donald Trump ser reeleito nas próximas eleições presidenciais de 5 de Novembro de 2024.

Nesse cenário e perante a insane inconstância de Trump, para lá dos EUA, o mundo pode mudar completamente toda sua geoestratégia política, a começar no apoio ao seu amigo Putin e a acabar numa extinção da NATO, deixando a Europa e o mundo nas mãos de famigerados déspotas do fascismo emergente e por aí consolidado.

A tal Nova Ordem Mundial, catastrófica e de contornos adivinhados, mas ainda não totalmente definidos, afinal, pode estar à porta de todos nós dentro de 6 meses. E não haverá herói que nos salve desta arruaça violenta de gangsters que andam por aí mais ou menos encubados e mortos para sair da lura, como os ratos de Camus, dos fétidos esgotos…

 

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Publicado em Opinião