Ao ouvir Marcelo Rebelo de Sousa a meio da semana, à saída do Infarmed senti, mais uma vez, revolta pelo comportamento do Presidente da República.
Esperei alguns dias para ter a certeza que o que quero dizer não resulta de uma reação primária.
Marcelo Rebelo de Sousa não se importou de ser o porta voz de António Costa das reuniões entre políticos e cientistas sobre a pandemia.
Mas, como sempre, a sua disponibilidade só existiu enquanto “as coisas” corriam bem.
Bastou que o “milagre português” perdesse fulgor e tivesse existido alguma fricção nas reuniões para ele DESERTAR.
Os interesses do candidato são superiores a tudo o resto, inclusive qualquer variante do interesse nacional.
São comportamentos destes que me determinam a não votar neste candidato (recandidato).
Não voto por ele ser de centro direita e eu ser socialista, não voto por ele ser “centro egoísta”.
Primeiro fugiu de quarentena. Regressou com o Estado de Emergência. Se houve má transmissão da mensagem de desconfinamento Marcelo Rebelo de Sousa é um dos principais autores.
Agora não assume o seu mal-estar com o “planalto” que não desce, antes sobe de quando em quando.
Mais uma vez não é capaz de dizer a verdade antes prefere dizer que a fórmula das reuniões está gasta.
Não se sabe porque não informou os outros participantes (partidos e cientistas) do “esgotamento da fórmula”.
Agora não será difícil prever reuniões ou audiências com especialistas que garantirão (com despudor) o necessário palco ao candidato…
(Foto DR)