Empresa intermunicipal de água e saneamento… Com papas e bolos…
É o caso da “Cerimónia de Assinatura do Protocolo de Cooperação para a Constituição de uma Empresa Intermunicipal de Água e Saneamento” entre vários municípios, que hoje terá lugar.
Na ausência de obras emblemáticas para inaugurar, o Presidente da Câmara de Viseu e a sua “máquina publicitária”, inventam catadupas de “anúncios” para ocupar o espaço mediático e gerar uma onda “virtual” de grande dinamismo.
É o caso da “Cerimónia de Assinatura do Protocolo de Cooperação para a Constituição de uma Empresa Intermunicipal de Água e Saneamento” entre vários municípios, que hoje terá lugar.
Vai assinar-se a constituição da “Empresa”? Não. Apenas um inócuo “Protocolo de Cooperação”. Vai ser a futura “Empresa Intermunicipal” a elaborar os estudos e projectos e a apresentar as candidaturas aos invocados fundos comunitários? Também não. Essa tarefa está previamente atribuída aos SMAS de Viseu. Conclusão: a pretensa “Empresa” é absolutamente dispensável para o objectivo propalado. Porquê, então, tanta pompa e alarido público?
Porque, com mais esta manobra propagandística pré-eleitoral, o Presidente da Câmara de Viseu pretende alcançar três objectivos imediatos: Aparentar “fazer bem…”, no que é apenas uma “cerimónia protocolar”; dar ares de liderança regional num assunto sensível à opinião pública; tentar apagar a humilhante derrota política que foi o chumbo pelo Tribunal de Contas da atabalhoada e malévola constituição da “Empresa Águas de Viseu”.
Tudo isto é por demais evidente. Subsiste a expectativa de saber, se os outros municípios colaboram nesta farsa.
Como é público, já hoje o Município de Viseu assume a distribuição de água da Barragem de Fagilde, para os concelhos de Mangualde, Penalva do Castelo e Nelas, sem que exista qualquer “empresa intermunicipal” a tutelar a operação. Também no futuro será assim que irá acontecer. Entretanto, é necessário fazer crer que a “Empresa” é imprescindível para alcançar os objectivos de reforço do armazenamento, como resposta à escassez de água. E assim se faz o caminho até à “inevitável entrega à gestão privada”, desse direito humano que é o acesso à água pública de qualidade.
Do que depender da CDU, a pretensão “privatizadora” de Almeida Henriques, merecerá sempre o mais firme combate e oposição, por ser contrária aos interesses dos munícipes.