E em Viseu, a sociedade civil o que diz?
Uma sociedade civil permissiva é um colectivo cúmplice e, na sua essência, aquela que de NADA se pode queixar, porque a sua inoperância tudo consentiu.
Perante tudo quanto ocorre em Viseu, a nível político-partidário, quer seja no seio do PS, quer seja no do PSD, e constatada a total ausência de decoro na actuação de alguns “players” em jogo, seria curial e muito interessante que a sociedade civil, crítica, ponderada e séria, tomasse posição sobre quanto por aí se passa, no geral, pouco dignificante tanto do lado dos intervenientes (de pescocinho esticado como as girafas), quanto das estruturas partidárias, que parecem cegas, surdas e mudas ao que em seu redor se desenrola, num silêncio anuente, quase de passivo rebanho, face ao desencadeado por duas ou três “lapas crónicas do tacho“, sem o qual parecem não ter razão de existir.
Será que são todos, afinal, farinha do mesmo saco?
A não ser… a não ser que a própria sociedade civil, saturada e nauseada, ache por bem alhear-se de toda esta vaga poderosa de desacreditadoras controvérsias e polémicas de sôfregos maratonistas, transmissoras de uma péssima imagem, até de Viseu e dos viseenses, enlameando todos aqueles que, se bem que cada vez mais escassos, ainda são cidadãos da polis, ou políticos empenhados no bem servir, e não em servir-se. Sim, esses poucos que ainda existem e, gradualmente, em função do descrédito gerado, se vão definitivamente afastando.
Uma sociedade civil permissiva é um colectivo cúmplice e, na sua essência, aquela que de NADA se pode queixar, porque a sua inoperância tudo consentiu.