E as reformas?

Com um apurado sentido de sobrevivência, ajeita-se mais às cedências do que às exigências. É um político hábil, mas de habilidosos está o país cheio.

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  • 12:26 | Terça-feira, 12 de Outubro de 2021
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Em 6 anos de governo de António Costa não conseguiu, apesar de algumas diligências, encontrar uma reforma de fundo.

Seja na educação, na saúde, na justiça, na segurança social, no trabalho, na administracão pública, na protecção civil, na defesa.

Costa arrisca-se a sair do governo como um jogador, um negociador, jamais como um estratega, um estadista. É mais um facilitador do que um decisor.

Foi empurrando o lixo para baixo do tapete, sem curar de eliminar os responsáveis pela sujidade. Vem navegando à vista, resolvendo os problemas que lhe vão aparecendo pela frente. Olha às parcelas, sem grandes preocupações com o resultado.


Com um apurado sentido de sobrevivência, ajeita-se mais às cedências do que às exigências. É um político hábil, mas de habilidosos está o país cheio.

Quando o apoquentam, reage com brutalidade e até com alguma arrogância. Tem um discurso curto, redutor, com tendência para a balcanização. Nas situações dramáticas é frio, calculista e nada empático.

O país precisava de alguém com algo mais do que agilidade no jogo de cintura. Pessoalmente, não lhe comprava um carro em segunda mão.

 

(Foto DR)

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Publicado em Opinião