Em Portugal, fruto deste contexto inesperado de pandemia, os agricultores e os criadores de gado estão a chegar a uma situação absolutamente insustentável.
As grandes superfícies reduziram drasticamente as encomendas. Os consumidores, confinados ao seu espaço, na incerteza do amanhã e do seu próprio futuro profissional, reduziram as suas aquisições ao essencial.
Os países europeus que consumiam tantos dos nossos produtos, estão a braços com a sua crise e têm as fronteiras abertas só ao básico para sobrevivência.
Dizia-me hoje uma amiga minha e colaboradora da Rua Direita, Alexandra Azambuja, que se devia criar uma campanha para nos unirmos todos no consumo de produtos nacionais.
A ideia é boa para todos, desde os produtores aos consumidores. Um amigo meu, professor na ESACB disse-me que o consumo directo subiu 150%. O que é fantástico e uma vez mais nos prova a extraordinária resiliência dos nossos agricultores e criadores.
Todavia, o Ministério da Agricultura é fundamental para neste terrível momento ser o elo determinante para uma campanha fortíssima de incentivo aos cidadãos, na certeza de que TODOS sairiam a ganhar, ou pelo escoamento dos produtos de elevada qualidade, ou pela aquisição e consumo, a preços mais acessíveis, sem intermediários de permeio, de alimentos, fruta, legumes, lácteos, carne e peixe de qualidade superior.
Esta medida bem implementada será pluralmente importante também para o Governo, pois, a curto prazo ajudará a estancar a crise latente no sector.
Carece de força política, de determinação, de arrojo e de muita criatividade.
Se o Governo fizer a parte dele, e a ministra Maria do Céu Albuquerque certamente empenhará toda a determinação para o sucesso de tal iniciativa, os produtores nacionais decerto farão a parte deles e, ademais, reconhecerão quem verdadeiramente se preocupa com eles, e ao preocupar-se com eles cuida da economia nacional.
Ao cuidar da economia nacional estará a dar resposta aos anseios de 10 milhões de portugueses.
Vamos a isso!