Do sarcófago

Se recuarmos à década de 1985 a 1995, não encontraremos no cavaquismo grandes exemplos de reformas nestas áreas. Aliás, o mentor do monstro que é a Administração Pública, é ele, com admissões em catadupa, sem rei nem roque.

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  • 15:09 | Segunda-feira, 11 de Abril de 2022
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Cavaco Silva não perde uma oportunidade para emergir do sarcófago onde a República o acolheu, esquecendo-se que já passou o tempo, e que a sua opinião é, normalmente, um arrazoado que desagua em ajustes de contas.

Escolhe os momentos que ele, do alto da sua humilde arrogância, julga apropriadas para lançar farpas assassinas àqueles com quem não simpatiza. É um homem de ressentimentos, que guarda mágoas e colecciona vinganças.

Desta feita, deu-lhe para atirar a António Costa, acusando-o de falta de coragem política.

Elenca, a propósito, quatro áreas onde devia haver um ímpeto reformista, a saber: sistema fiscal, administração pública, justiça e mercado de trabalho.


Se recuarmos à década de 1985 a 1995, não encontraremos no cavaquismo grandes exemplos de reformas nestas áreas. Aliás, o mentor do monstro que é a Administração Pública, é ele, com admissões em catadupa, sem rei nem roque.

E, apoucando alguns ministros, ainda se atreve a dizer que o poder político falhará, se não souber aplicar os milhões que aí virão.

Talvez semelhantes aos que recebeu no seu “reinado”, desbaratando-o em betão e alcatrão.

Bem prega Frei Tomás…

 

(Foto DR)

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Publicado em Opinião