Cavaco Silva não perde uma oportunidade para emergir do sarcófago onde a República o acolheu, esquecendo-se que já passou o tempo, e que a sua opinião é, normalmente, um arrazoado que desagua em ajustes de contas.
Desta feita, deu-lhe para atirar a António Costa, acusando-o de falta de coragem política.
Elenca, a propósito, quatro áreas onde devia haver um ímpeto reformista, a saber: sistema fiscal, administração pública, justiça e mercado de trabalho.
Se recuarmos à década de 1985 a 1995, não encontraremos no cavaquismo grandes exemplos de reformas nestas áreas. Aliás, o mentor do monstro que é a Administração Pública, é ele, com admissões em catadupa, sem rei nem roque.
E, apoucando alguns ministros, ainda se atreve a dizer que o poder político falhará, se não souber aplicar os milhões que aí virão.
Talvez semelhantes aos que recebeu no seu “reinado”, desbaratando-o em betão e alcatrão.
Bem prega Frei Tomás…
(Foto DR)