Ciclicamente, surgem nos ecrãs e nos pink tablóides personagens “encantadas aureoladas com aura e halo da graça, boa ventura e faustosa fortuna.
Desportistas, políticos, banqueiros, homens de negócio… integram esta aristocracia, este jet set bilionário que todos os comuns mortais invejam e com cujas vidas todos sonham para si.
Os “iates oligárquicos”, os mega carros de 7 e 8 milhões de euros, os jatos particulares, os helicópteros para irem às compras… enfim, elementos integradores dos contos maravilhosos e de encantar do consumismo, onde não faltam castelos sumptuosos e princesas de espantar.
De repente, uma reviravolta da fortuna traz à tona as catacumbas e os sombrios elevadores dos impérios de Midas.
Caem nas mãos da Justiça, alguns são presos, outros condenados, sofrendo o martírio mediático, ufano, por vezes, de muito suprido recalcamento…
A efemeridade, até os deuses atraiçoa e, de súbito, condu-los do Olimpo ao patíbulo ou à sua pífia condição de nus mortais, despidos das couraças doiradas da fugidia impunidade.