Nos últimos dias tem sido notícia os hábitos culturais dos portugueses.
Um estudo da Universidade de Lisboa revelou que apenas 39% dos portugueses leram um livro nos últimos 12 meses e que 93% dos nossos concidadãos têm baixo consumo cultural. Somos uma migalha de gente a ler, ir ao cinema, concertos, festivais, teatro, etc. Não houvesse gente apaixonada e seguramente não teríamos quem se dedicasse a estas actividades. Por dinheiro não será certamente.
Ao que parece também algumas autarquias locais assobiam para o lado e pouco ou nada fazem para apoiar condignamente projectos que ajudem à identidade local, à reflexão, a tornar a vida mais do que um mero acto de um árduo sobreviver.
Na União dos Concelhos de Canas de Senhorim e Nelas, por exemplo, a autarquia foi a que menos gastou em cultura no Distrito de Viseu. Foram apenas 12 os euros gastos por cada habitante.
Não fossem algumas associações que organizam, cada vez com mais dificuldade, festividades tradicionais (Carnaval, Feira Medieval), com pouco apoio financeiro e logístico e algumas instituições que conseguem captar investimentos centralmente (Amarelo Silvestre) e o panorama seria igual à cabeça de quem liderou o concelho.
Esperemos, esperemos muito, que com novos executivos na Câmara e nas freguesias, o panorama possa mudar significativamente. Eu, por acaso, tenho dúvidas.