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Rebelo Marinho
IRS dá mais no salário e tira no reembolso. O governo não tem emenda. É uma tropa de ilusionistas e malabaristas que, sem um pingo de vergonha na cara, nos fazem crer na bonança, escondendo a tempestade.
Este é um governo papão, chupa até ao tutano os rendimentos de cada um, deixando-os prostrados e cada vez mais pobres.
Com soberba, anuncia pomposo a descida no IRS, dando-nos esperança, mas esconde que, chegada a hora do reembolso, vai-nos retirar o que, aparentemente, nos deu. Isto é, saldo zero. Quer dizer, não há qualquer alívio na carga fiscal.
Esta gentinha anda a vender gato por lebre. E, qual mestre de cerimónias, sempre com um sorriso nos lábios e uma palmadinha nas costas.
Da minha parte, sempre achei que era galinha gorda demais para tão fraca capoeira. E as horas extraordinárias, os subsídios de férias e de Natal vão ter uma nova fórmula, que não irá ser para o bem do contribuinte. Estejamos atentos e precavidos.
Beneficiar é um verbo que não se sabe conjugar lá para os lados da corte.
O Estado é um parasita, que se vale dos impostos, e quando pressente que eles não chegam, aumenta-os. Quem o diz, são os 5.4% de aumento do peso fiscal, de 2020 para 2021. Mas esta prática de dar com uma mão e tirar com a outra não é séria, e fica mal a quem tem a obrigação de dar o exemplo.
A omissão é tão repugnante quanto a mentira e o incumprimento, matérias em que o governo é hábil e ágil.
Se o governo começasse a cortar nas suas gorduras, indecentes e indecorosas, e se deixasse destes truques, mereceria mais respeito dos portugueses. Mas desta fornada de executivos, nada há a esperar. Só truques políticos e batota fiscal.
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