A situação social resultante da pandemia é gravíssima e exige resposta adequada para que se não percam vidas e que garantam condições de vida mínimas.
À Sociedade, ao Governo e particularmente à Segurança Social coloca-se o desafio de cuidar dos mais desprotegidos.
De entre estes temos uma franja da população que muito dificilmente resistirá à falta de rendimentos advinda da situação que vivemos.
Os que vivem (viviam) na economia informal. Os que não têm subsídio de desemprego (em qualquer das suas modalidades). Os que não podem ser abrangidos pela lay off. Os que (com registo de remunerações) tiveram de fechar portas ou deixaram de ter clientes e não acedem a apoios. Os que (sem registo de remunerações) ninguém sabe como sobreviviam.
Todos estes são pessoas que têm direito a sobreviver, todos são pessoas a quem devemos solidariedade.
Sugiro que se crie um “coronapoio” com referencial ao IAS que de forma célere dê suporte a estas pessoas.
Seria atribuído aos agregados familiares cujos membros maiores estivessem fora do radar dos apoios do sistema. Seria transitória (a definir) e atribuído com burocracia mínima (requerimento com compromisso de devolver os apoios em caso de falsas declarações e verificação da situação nas bases de dados).