Como seria se o PS tivesse feito Oposição nestes meses?

Nunca o Partido Socialista foi um partido de unanimidades e nunca houve mordaças para que TODOS os cidadãos/militantes exprimissem o que sentiam.

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  • 15:20 | Terça-feira, 22 de Outubro de 2024
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Ao anunciar que iria propôr à Comissão Nacional do PS a abstenção nas votações do OE (generalidade e votação geral final) Pedro Nuno Santos colocou fim a uma “novela” que durava há tempo demais.

Fez bem e o país agradece.

Deixou ainda implícito que no próximo orçamento só se pronunciará aquando da apresentação do mesmo.


Esta atitude irá possibilitar que não volte a enredar-se em declarações evitáveis e prejudiciais.

Na verdade, falou do orçamento desde as eleições.

Andou nove meses a pronunciar-se sem que mostrasse uma estratégia bem definida e que foi deixando um lastro de alguma perplexidade. 

Pior, pelo meio ainda deixou que o PS desse a sensação de um partido dividido.

Foi um processo longo e desnecessariamente doloroso.

Foi particularmente triste o apelo a que o partido “falasse a uma só voz”.

Nunca o Partido Socialista foi um partido de unanimidades e nunca houve mordaças para que TODOS os cidadãos/militantes exprimissem o que sentiam.

Não consigo perceber como um Secretário Geral do Partido Socialista foi capaz de fazer um apelo à autocensura dos militantes.

Nestes meses vimos mais o bom líder que foi da JS e pouco o líder que o PS precisa, sobretudo agora que está na oposição. 

Estes últimos meses foram de pouca ou desadequada oposição.

Urge uma atitude de oposição serena, assertiva e competente, mais dirigida aos interesses do país que à espuma do dia a dia da comunicação.

Apesar de tudo, os estudos de opinião dão cenários idênticos às últimas Legislativas ou Europeias.

Como seria se o PS tivesse feito Oposição nestes meses?

 

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