Como Atenuar o Problema da Dívida Pública

    Soubemos esta semana que durante o consulado de Paulo Núncio à frente da Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais “escapou” ao Fisco português a “pequena” quantia de dez mil milhões de euros. Dinheiro que rumou a paraísos fiscais sem que o mesmo tivesse sido escrutinado. Era usual a publicação de elementos referentes a […]

  • 13:50 | Quinta-feira, 23 de Fevereiro de 2017
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Soubemos esta semana que durante o consulado de Paulo Núncio à frente da Secretaria de Estado dos Assuntos Fiscais “escapou” ao Fisco português a “pequena” quantia de dez mil milhões de euros. Dinheiro que rumou a paraísos fiscais sem que o mesmo tivesse sido escrutinado. Era usual a publicação de elementos referentes a estes dados mas, durante o governo de Passos Coelho, isso pura e simplesmente deixou de acontecer.


Era interessante que todos os que pagam impostos pudessem saber quem e a quantia enviada para os paraísos fiscais. Era especialmente importante para que a moralidade de muitos que apregoam a capacidade resiliente do povo português para aguentar dificuldades (“ai aguenta, aguenta!”) pudesse ser posta à prova.

Aparentemente ao CDS e ao PSD este assunto não interessa. Estão antes apostados em tentar conhecer os conteúdos dos SMSs que aparentemente foram trocados entre Centeno e Domingues. Um exercício ridículo vindo de quem vem e que fez o que fez em tempos recentes.

Ao juntar todas estas “notícias”, surgiu-me uma possibilidade para ajudar a resolver o problema da dívida pública portuguesa.

Tendo em conta o valor que aparentemente o CDS e PSD atribuem aos SMSs de Mário Centeno, até por comparação com os dez mil milhões que Núncio deixou “escapar” ou com os valores do défice e do crescimento de 2016, não conhecerão os dirigentes daqueles partidos alguém disponível para pagar uma boa maquia por eles?

Jacinto Leite Capelo Rego, por exemplo, não estará interessado em desembolsar, no mínimo, uns vinte ou trinta mil milhões para aplicar em algo realmente importante.

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Publicado em Opinião