Todas as famílias já lidaram com o cancro. Todos temos amigos que lutam contra o cancro. Esse terrível imperador do mal que não escolhe géneros, idades, estratos sociais ou raças e só em Portugal mata 79 pessoas por dia, o que significa 3 por hora! Há mais de 50 mil novos casos da doença por ano no país. É a segunda causa de morte no mundo, com 9,6 milhões de óbitos anuais.
Nos países em desenvolvimento estima-se que o número de casos duplique. O sofrimento que os doentes oncológicos passam e quem com eles partilha a vida é imensurável. Lidar com este infortúnio é das maiores dificuldades – se não a maior, que o Ser Humano tem. Que “desenvolvimento” é este?!
Na generalidade, afirmam os psicólogos, o cancro é vivido num absoluto silêncio de emoções e os familiares e amigos dos doentes diagnosticados com cancro também necessitam de ajuda emocional. Estudos revelam que esta doença afeta não só a vida dos doentes, que sofre alterações em todos os domínios, físico, psicológico e social, mas também a dos seus familiares mais próximos.
Vivemos em tempo de pandemia, mas os rastreios não devem ser interrompidos e os tratamentos não podem ser suspensos. Não se pode ter receio de se ir às unidades de saúde que garantem as medidas de segurança necessárias.
Os líderes políticos mundiais deviam definir prioridades e a obrigatoriedade de se cumprirem acordos no que diz respeito ao Ser Humano e ao Meio Ambiente. A vida é o que de mais importante temos e todos unidos podemos dar uma qualidade de vida a muitos amigos que não a conseguem ter por falta de coragem política, a nível mundial.
O Dia Mundial de Luta Contra o Cancro celebra-se anualmente no dia 4 de fevereiro. O objetivo do Dia Mundial de Luta Contra o Cancro é desmistificar algumas das ideias pré-concebidas sobre o cancro e informar sobre os fatos reais da doença. Nunca é demais trabalharmos para o bem-estar comum. A celebração deste dia baseia-se na Carta de Paris, aprovada em 4 de fevereiro de 2000, na Cimeira Mundial Contra o Cancro para o Novo Milénio. A Carta apela à aliança entre investigadores, profissionais de saúde, doentes, governos e parceiros da indústria no âmbito da prevenção e do tratamento do cancro.
Abraço solidário.
Texto de Vítor Santos Embaixador do PNED)
Ilustração de Paulo Medeiros