Câmara de Lamego fica com Complexo Desportivo
Foi apresentada recentemente em reunião de Câmara uma proposta do executivo municipal do PSD e do CDS/PP para que fosse aprovada uma adenda ao protocolo-base de parceria de cedência de utilização de instalações/equipamentos do Complexo Desportivo de Lamego, celebrado entre o IPDJ e o Município de Lamego, a 8 de Janeiro de 2013. Na referida […]
Foi apresentada recentemente em reunião de Câmara uma proposta do executivo municipal do PSD e do CDS/PP para que fosse aprovada uma adenda ao protocolo-base de parceria de cedência de utilização de instalações/equipamentos do Complexo Desportivo de Lamego, celebrado entre o IPDJ e o Município de Lamego, a 8 de Janeiro de 2013.
Na referida adenda, é referido que o IPDJ não pretende manter a gestão do imóvel – Complexo Desportivo de Lamego – e é proposta à Câmara Municipal a gestão/utilização de todas as instalações e dos equipamentos que constituem o Complexo.
Finalmente, uma infra-estrutura tão relevante e importante para o desenvolvimento do Concelho e que se encontrava há vários anos em degradação paulatina, vê o seu futuro definido. Contudo, temos dúvidas de que esta tenha sido a melhor opção.
A passagem do Complexo Desportivo para a Câmara Municipal levanta alguns problemas que o Município pode não ter condições para resolver. Enfrentamos grandes dificuldades financeiras, estamos obrigados a cumprir as exigências no âmbito do PAEL (Programa de Apoio à Economia Local), pelo que temos pouca margem de manobra para acolher um espaço e uma infra-estrutura tão necessitada de requalificação. Mesmo uma eventual candidatura a fundos comunitários para a sua recuperação não está completamente garantida.
Pensamos que a solução deveria ter passado por uma maior exigência junto do Poder Central, de modo a assumir uma solução de compromisso partilhado. Por isso, revíamo-nos mais no protocolo assinado entre o Instituto de Desporto de Portugal, a Federação Portuguesa de Voleibol e a Câmara de Lamego, que pretendia transformar o Complexo Desportivo num Centro de Alto Rendimento de Voleibol e num Centro Nacional de Formação Desportiva, para árbitros, técnicos e dirigentes de todas as modalidades desportivas, e que foi interrompido sem uma clarificação objectiva e rigorosa.
Entendemos que a aposta no Complexo Desportivo é fundamental, mas o problema que se coloca é em que moldes se deve fazer essa aposta.
Que intenções e ideias tem a Câmara Municipal para o Complexo? Como pretende rentabilizar o equipamento? De que forma a recuperação do imóvel se enquadra na política desportiva da autarquia?
Temos receio de que este Protocolo seja um presente envenenado, um acolhimento arriscado. Se o Poder Central não teve margem de manobra para recuperar este edifício, estará a autarquia em condições de o fazer?