A brotoeja primaveril do ciclismo reacendeu-se em final de Maio.
O senhor M. Gaspar incandesceu a epiderme com uma pergunta auspiciosa: «Porque não há-de reviver o ciclismo regional?» Fui, apressado, ler a resposta, servida em pouco mais de uma coluna de jornal. Carência de peças de bicicleta no mercado? Talvez. Ausência de interesse do público? Nem pensar. Falta de boas estradas? Escolham-se circuitos pequenos, que têm a vantagem de facilitar o trabalho de apoio aos concorrentes.
Na sua opinião, Coimbra tinha, em 1943, catorze quilómetros de estradas de primeira qualidade no percurso que antigamente se chamava Volta à Conraria, com uma parte plana, boas subidas e grandes descidas. Estou mais ou menos a citar. Penúria de organizadores? De certeza que sim. Porquê? Pelos «grandes encargos» resultantes da presença dos ases. Então, o que fazer? Apelar às «forças vivas» da cidade de Coimbra, a saber: comércio, indústria e clubes locais.
Eis o reluzente alvitre do senhor M. Gaspar. Tão bem que ele estava a ver as andorinhas a chegar a Coimbra.
Nuno Rosmaninho