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Paulo Neto
Ontem, pelo final do dia, confirmou-se a decisão que já tinha sido previa e tacitamente aceitada pelos presidentes dos países que integram o Conselho Europeu.
Por quase unanimidade foi escolhido António Costa para suceder a Charles Michel, a partir de Novembro, como Presidente do Conselho Europeu.
O único voto desfavorável veio da chefe do governo italiano, a herdeira do Duce, Giorgia Meloni. O que, vendo bem as coisas nada tem de negativo, antes sendo uma medalha para António Costa.
A signora Meloni, líder do partido neofascista Fratelli d’Italia, de um lado para o outro, deambulava pelos corredores de Bruxelas com um ar agastado, zangado, de poucos amigos.
A vitória do PPE e dos Socialistas Europeus tê-la-á incomodado…
Pela madrugada, em Portugal, pôde assistir-se ao primeiro debate para as presidenciais norte-americanas entre o actual presidente democrata Joe Biden e o candidato conservador Donald Trump.
Penoso de ver. Uma imagem dos EUA dada por dois anciãos em fim de ciclo (sou pelo “Stop Idadismo”, mas não neste caso…), mostrando uma nação que não consegue apresentar para seu futuro líder candidatos renovados e mais jovens.
Trump na sua agressividade teatral e Biden muito tartamudo, a trocarem agressões verbais. Dois velhos em contenda, com a diferença de que um é um velho mentiroso ou um mentiroso velho e fanfarrão, condenado pela justiça, que no decurso de debate, sem grande contraditório do opositor, em tão curto espaço temporal, mandou para o ar mais de três dezenas de mentiras que seriam hilariantes se não fossem altamente pérfidas e perigosas.
A eventual vitória de Trump, na imprevisibilidade do seu agir, na inconstância das suas decisões, põe o mundo à beira de um ataque de nervos, com consequências inimagináveis para a geopolítica planetária.
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