Aquilino, 1963-2023, do berço à sepultura

Editou-se o nº 5 da revista literária “aquilino”, reeditaram-se em estreita parceria com a Bertrand Editora, “Volfrâmio”, “A Via Sinuosa” e “Geografia Sentimental”, respectivamente prefaciadas por João Soares, Augusto dos Santos Silve com apresentação de José Manuel Lello e Aníbal Cavaco Silva, respectivamente.

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  • 18:19 | Segunda-feira, 27 de Maio de 2024
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“Do berço à sepultura”… Este podia ser o mote desta efeméride que tão amplamente, com tantos intervenientes, em tantas localidades e diferenciados espaços trouxe à memória de cada um o escritor do Carregal, de Sernancelhe e do mundo, Aquilino Gomes Ribeiro, falecido em 27 de Maio de 1963.

Pela primeira, em conjunto, se uniram as autarquias das Terras do Demo, Sernancelhe, onde nasceu, Vila Nova de Paiva onde foi registado e Moimenta da Beira onde, em Soutosa, passou largos períodos da sua existência e Paredes de Coura, com a Quinta do Amparo, berço da “A Casa Grande de Romarigães”.

A academia, de norte a sul, os académicos, autarcas, estudiosos, uniram-se, apesar da sua diversidade e singularidade, para lembrar e homenagear o Mestre.


Editou-se o nº 5 da revista literária “aquilino”, reeditaram-se em estreita parceria com a Bertrand Editora, “Volfrâmio”, “A Via Sinuosa” e “Geografia Sentimental”, respectivamente prefaciadas por João Soares, Augusto dos Santos Silve com apresentação de José Manuel Lello e Aníbal Cavaco Silva, respectivamente.

Conferências e colóquios com a Universidade de Aveiro, com a Universidade de Lisboa, com a ESHTE e o IGOT, tertúlias, requalificação de espaços afectivos do Escritor, palestras, semanas gastronómicas e mais duas mãos cheias de actividades.

Com o fechamento deste ângulo de 180º, de alfa a ómega, no Panteão Nacional, no passado dia 25, culminou com fulgurância, dignidade, adesão e entusiasmo esta magna e tão justa homenagem que Aquilino nos mereceu, merece e merecerá.

Falaram os edis das autarquias referenciadas, Carlos Santos, Vítor Eduardo Pereira, António Caiado, Miriana Alves. Usaram da palavra os directores do Panteão e da Bertrand Editora, Santiago Macias e Eduardo Boavida, o neto do Escritor, Aquilino Machado, a ministra da Cultura, Dalila Rodrigues, o antigo presidente da República, Aníbal Cavaco Silva…

Homenagearam-se os prefaciadores e apresentadores com a simbólica estatueta da autoria de Cristina Morais – que também assinou o desenho de capa desta edição de “Geografia Sentimental” – pela mão dos autarcas tendo-a recebido Jorge Baptista-Bastos em representação de seu falecido Pai, o escritor e jornalista Baptista-Bastos, em “Volfrâmio”, edição de 2015 e “O Galante Século XVIII”; João Barroso Soares, pelo seu prefácio em “A Via Sinuosa” e em representação de seu Pai, o antigo presidente da República Mário Soares, em “Um Escritor Confessa-se”; Serafina Martins em “O Homem que Matou o Diabo”; Ana Isabel Queirós em “Terras do Demo”; Aníbal Cavaco Silva em “Geografia Sentimental” e Paulo Neto em “Estrada de Santiago”.

A coroação deste grandioso evento foi a actuação da Orquestra do Conservatório Regional de Música de Ferreirim, dos seus 50 jovens e competentíssimos músicos bem dirigidos pelos seus professores Artur Costa, Tiago Gonçalves e maestro David Rodrigues que, além de uma composição de Thomas Doss, “Cantus” interpretaram magistralmente uma peça inédita “O Valeroso Milagre” criado pelo compositor Andrés Álvarez.

 

Cumpriram-se maioritariamente os objectivos previamente definidos. O êxito foi seu denominador comum.

Uma palavra a Carlos Silva Santiago, presidente cessante da autarquia de Sernancelhe, que deu alento a todos os projectos que lhe foram propostos, e a Carlos Santos, seu sucessor, que lhes deu profícua continuidade, deixando claro que Aquilino Ribeiro continua a ser uma prioridade na política cultural do município.

Nota Final: Seria ingrato esquecimento não referir que Sernancelhe, autarquia que conheço melhor, sem desprestígio das outras autarquias, conta com uma equipa de ímpar dinamismo, devoção e espírito de missão, composta, por ordem alfabética, por Carla Caria, Josette Sobral, Sandra Lopes; André Sobral, Marco Proença e Paulo Pinto, aqueles que no terreno, discreta e eficazmente, longe dos holofotes, tornam os sonhos em realidade. O meu aplauso…

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Publicado em Opinião