Apesar de tudo, António Costa mantém popularidade

Entretanto, alguns apoiantes de Rui Rio já cantam vitória (?) e já afiançam que Costa, naturalmente, se irá demitir no day after, estando preocupados em saber qual o novo secretário-geral que irá sair do congresso do PS, para preverem como encarar as possíveis alianças para a governabilidade do país

  • 21:15 | Quinta-feira, 30 de Dezembro de 2021
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A sondagem hoje publicada pelo Expresso e acerca da popularidade dos políticos, com o incontornável Marcelo Rebelo de Sousa à cabeça, dá a António Costa o 2º lugar e Rui Rio, a subir, situa-se no 3º lugar, com o seguinte resultado: Costa 5,8 – Rio 4,9, numa escala de 0 a 10.

Seguem-se Catarina Martins, Jerónimo de Sousa, Inês Sousa Real, Francisco Rodrigues dos Santos, João Cotrim de Figueiredo e finalmente André Ventura com um resultado muito negativo de 2,3 em 10. Em bitola de professor o equivalente a um Mau.

Entretanto, alguns apoiantes de Rui Rio já cantam vitória (?) e já afiançam que Costa, naturalmente, se irá demitir no day after, estando preocupados em saber qual o novo secretário-geral que irá sair do congresso do PS, para preverem como encarar as possíveis alianças para a governabilidade do país


De facto, assim dito, isto parece uma rábula de ficção científica, pois antes disso o PSD tem que ganhar e, verdade de La Palisse, o PS tem que perder, o que não é tão taxativo quanto isso.

Percebe-se a retórica triunfalista de alguns “jovens turcos” sociais-democratas. Entende-se que essa oratória faz parte de uma dinâmica eleitoralista. Como também dessa dinâmica faz parte o discurso de Costa a pedir aos portugueses, não uma vitória, mas uma maioria absoluta.

É evidente que de um lado e de outro, a um mês de eleições, discursos negativos descoroçoam os eleitores. Ambas as partes acreditam naquilo que é a concretização efectiva dos seus mais legítimos anseios. E é essa crença que lhes dá o alento e a combatividade. Ainda bem que assim é.

Em oposição, numa contenda de agressividade, a partir dos outdoors por aí fora espalhados, o líder do Chega pede votos para “fazer tremer o sistema”, a lembrar terramotos e calamidades, sem mesmo perceber que a calamidade lhe é endógena e que esta “banha da cobra”, se ainda surte algum efeito, o produz maioritariamente na corte de orfãos, ressabiados e ressentidos que correm atrás desta paródia de Messias.

(Foto DR)

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Publicado em Opinião