Era uma questão de tempo. A erosão do PCP e as consecutivas ausências de ganhos de causa nos orçamentos anteriores faziam prever que estava para breve o divórcio.
O BE, depois de destratado por Costa e César, na praça pública, não podia votar ao lado do governo, apesar de ensaiar umas tímidas aproximações para inglês ver e para disfarçar a ofensa gratuita e ingrata.
Colocando-me do seu lado, destes dois parceiros só se podia esperar o voto contra.
A história mal vendida de os deputados da Madeira poderem votar a favor, cheirou a esturro e a batota repetida.
A hipótese de orçamento poder baixar à comissão da especialidade, sem votação, se uma maioria simples o decidir, saberia a vitória na secretaria. Não era sério.
Chumbado o orçamento, vamos lá contar votos.
Costa colecciona primeiras vezes, a coligação à esquerda e o primeiro chumbo de um orçamento na AR.
Seguem, dentro de momentos, os jogos de sombras e as noites das facas longas.
No mais, é a democracia a funcionar