Antes assim

O BE, depois de destratado por Costa e César, na praça pública, não podia votar ao lado do governo, apesar de ensaiar umas tímidas aproximações para inglês ver e para disfarçar a ofensa gratuita e ingrata.

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  • 20:27 | Quarta-feira, 27 de Outubro de 2021
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Era uma questão de tempo. A erosão do PCP e as consecutivas ausências de ganhos de causa nos orçamentos anteriores faziam prever que estava para breve o divórcio.

O BE, depois de destratado por Costa e César, na praça pública, não podia votar ao lado do governo, apesar de ensaiar umas tímidas aproximações para inglês ver e para disfarçar a ofensa gratuita e ingrata.

Colocando-me do seu lado, destes dois parceiros só se podia esperar o voto contra.


A história mal vendida de os deputados da Madeira poderem votar a favor, cheirou a esturro e a batota repetida.

A hipótese de orçamento poder baixar à comissão da especialidade, sem votação, se uma maioria simples o decidir, saberia a vitória na secretaria. Não era sério.

Como diz Célito, há mais vida para além desta semana. E com Orçamento chumbado, virá a clarificação, que, diga-se, não é coisa de todo desprezível, neste tempo de nuvens e de lodo.

Chumbado o orçamento, vamos lá contar votos.

Costa colecciona primeiras vezes, a coligação à esquerda e o primeiro chumbo de um orçamento na AR.

Seguem, dentro de momentos, os jogos de sombras e as noites das facas longas.

No mais, é a democracia a funcionar

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Publicado em Opinião