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Manuel João Dias
Tenho fortes reservas sobre a forma como é gerida a agenda mediática. Considero que é dada uma prevalência excessiva ao “tratamento tablóide” das notícias.
Valoriza-se o tudo o que seja negativo e chafurda-se até à náusea.
O que acabo de dizer refere-se ao tratamento que tem sido dado às situações de vacinação indevida.
Claro que condeno e acho que deve haver consequências para os abusadores que indevidamente foram vacinados.
Sejam autarcas, dirigentes ou voluntários de IPSS ou seja quem mais tenha sido vacinado fora dos critérios estabelecidos.
Não posso deixar de dizer que, no respeitante às IPSS, há boas razões para admitir um elemento da direção entre os essenciais à atividade da instituição.
Quanto aos “voluntários” acho que não passa de “desculpa de mau pagador”.
Mas o que pretendo trazer ao de cima é que hoje há um nível de vacinação dos idosos residentes em lares que é quase total.
É o atingir de um objetivo crucial para defesa da vida dos idosos, mas é sobretudo o começo do fim do seu isolamento e da solidão.
A devolução do direito de receber visitas, de sair e de poder viver para além do sobreviver é algo que devemos saudar e aclamar.
Sim, a vacinação também tem coisas muito boas.
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