Não se sabendo pôr no seu lugar e arrogante como os presunçosos, numa visita a uma unidade de produção de citrinos, nos arredores de Portimão, e a propósito da falta de medidas do governo para mitigar o impacto da seca na produção e da alimentação animal, reclamada pela CAP, a D. Maria do Céu ditou a sua lei: “É melhor perguntarem porque é que durante a campanha eleitoral a própria CAP aconselhou os eleitores a não votar no PS“.
E, desembainhando a espada, brandiu contra quem não simpatiza, nem perdoa, revelando que trata assuntos sérios como intendências.
Esqueceu-se que não é ministra de uma coutada, nem de uma quinta, cujos feitores ela comanda, segundo a lei do seu indecoroso arbítrio.
Trouxe para a praça pública um rançoso e salazarento espírito de vingança e perseguição que se julgava arredado da vida democrática.
A D. Maria do Céu instituiu, miseravelmente, a “vendetta” como argumento político e o ajuste de contas como critério da sua infausta acção pública.
Manifestamente incapaz para a função, não se lhe conhecendo, até hoje, obra ou ideia, é também desajeitada nos modos. Tem uma carinha laroca, jeitosa de se ver, mas como política e governante é um verdadeiro desastre.
E colocou-se no olho do furacão, com todos os partidos a exigirem o reparo do desatino.
Triste fado o de Costa, já não lhe bastavam Pedro Nuno e Medina, coube-lhe agora em sorte esta dama de copas para lhe dar cabo do Verão.
Ganharia o país e o Terreiro do Paço, se a senhora recolhesse ao Ribatejo, cuidando das lezírias e tratando do plantio dos férteis arrozais.
(Foto DR)