Vivemos numa época de crise, mas também de extremos. Os líderes políticos e os senhores da alta finança veem o mundo com os seus olhos e pretendem obter o máximo de seguidores para as suas causas, direcionando e influenciando as massas, de acordo com as suas crenças, com os seus interesses pessoais ou com os seus objetivos ideológicos.
O nosso passado histórico como membros de uma comunidade local, como cidadãos de um país ou como membros desta Humanidade, é esquecido ou elevado, conforme aquilo que estes líderes nos impingem como sendo a realidade da nossa História.
A luta por ser dono das datas de celebração de certas festividades, numa tentativa desesperada de reescrever a História, está ao rubro, numa sociedade em que a direita deixou de ser civilizada e onde a esquerda toma contornos anticlericais, dignos de outros tempos mais revolucionários.
As redes sociais são o palco desta “guerra” entre religiões, ideologias, etc… Este revisionismo da História e dos costumes faz digladiar argumentos on-line para grande confusão das novas gerações que ensinamos nas escolas, e que no fundo ficam sem saber aquilo que verdadeiramente é prioridade na celebração dos mais importantes feitos da História nacional, assim como aquilo que está na génese e tradição do povo português em termos culturais e religiosos.
Desta forma é cada vez mais necessário um ensino imparcial da História e é cada vez mais urgente a atenção que o Governo deve dispensar à elaboração dos conteúdos dos manuais por onde aprendem as gerações futuras.
A formação de Homens e Mulheres que sejam verdadeiramente moderados e que mostrem que a “Terra de Ninguém” dos dias de hoje é o campo fértil de crescimento de uma sociedade mais tolerante e mais democrática dos dias de amanhã é realmente urgente.
Trata-se de um verdadeiro desafio das gerações mais velhas e daqueles com responsabilidades na Educação para com as nossas crianças e jovens.