O ano de 1945 começou bem para os alemães que ansiavam pelo fim da guerra. Hitler lançou uma ofensiva irrelevante: a última. Mandou oitocentos caças e bombardeiros para o norte de França, Bélgica e Holanda, e perdeu 277. Tagarelou na rádio, sem milagres para oferecer. A ofensiva das Ardenas, que vinha de trás, soçobrara. A Leste, os soviéticos aguardavam a retracção do frio para se lançarem sobre Berlim e continuarem a exercer a violência extrema.
A derrota aproximava-se. Hitler pensou em cometer suicídio. Estava ciente de que teria de o realizar dentro de poucos meses, se não quisesse ser capturado vivo. A população alemã, assustada com os soldados de Estaline, procurava entregar-se aos norte-americanos.
Os psicopatas não sentem a culpa. Hitler julgava-se vítima de traições e de incompetências. Já no bunker da chancelaria, confidenciou a alguém da sua confiança que a guerra estava perdida. «O que mais me apetecia, disse, «era disparar uma bala que me trespassasse a cabeça». E foi assim que realmente acabou, ajudado por veneno e cremado para que as fotografias não o expusessem, a ele que se julgava predestinado para impor a grandeza germânica ao mundo.