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Paulo Neto
“Um forte desempenho”, é assim que a empresa chama ao resultado conseguido. E ainda assim lamentando o mecanismo ibérico criado para a contenção dos preços do gás.
O mercado anda sem rei nem roque ao sabor da desenfreada especulação. Para que não restem dúvidas, a parte mais comercial da Galp (Combustível incluído) registou em lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) um aumento de 12%, negócio que segundo o jornal “O Eco” “tem vindo a subir todos os trimestres.
Aliás, tal estado de coisas não é nada que todos nós não sintamos diariamente na nossa carteira, sendo rara a semana na qual não se verifique mais um aumento mal explicado e dificilmente compreendido dos preços.
Os portugueses, em tempos tão difíceis de crise, estão a engordar os accionistas da Galp, cuja estrutura societária pode consultar infra e constatar que a seguir à Amorim Energia, com 33,34%, aparece a Parpública – Participações Públicas, SGPS, SA, entidade gestora das participações financeiras do Estado português.
Quanto à entidade reguladora do sector (ERSE), não se alcança com nitidez qual o seu papel, como regula, o que regula. Provavelmente, coisa nenhuma.
https://www.galp.com/corp/pt/investidores/informacao-ao-acionista/estrutura-acionista
(Foto DR)
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