O Presidente Marcelo continua a desprestigiar a função presidencial. Desbocado e sem medir as palavras ameaça despudoradamente a Ministra da Coesão Territorial.
Depois vem dizer que tal se deve ao facto de ser um presidente criativo.
Diz que essa “criatividade” foi patente no modo como agiu com os três Governos com que lidou ou lida.
Ora isto mais não é que confessar que o Presidente procura sempre a melhor forma de “ser falado” e “estar na ribalta”.
Ser o Presidente e ser o antipresidente é ao que ele se sujeita para ser falado.
Na verdade, tendo a Procuradoria Geral da República um inquérito que dormitava desde 2019 (três anos) que agora, por sortilégio, fez despertar afigura-se-me nada independente.
Aliás a acusação de Miguel Alves nada tem a ver com o que lhe era assacado.
O contrato que indignou muitos parece que é legal, embora entenda que é, politicamente, uma péssima decisão.
Contudo quem partilhe este entendimento não é o agente político eleito para agir em consonância e tal decisão foi, má ou boa que fosse, política.
Daqui retiro que o Presidente Marcelo louvou uma atuação que mais me parece ditada por uma razão que não com a garantia de um bom funcionamento da Justiça.
Assim continua a Função Presidencial a ter tratos de polé.
(Foto DR)