Tendo em conta a conjuntura atual e criando um paralelismo com este tema, as dúvidas, a insegurança, a informação e desinformação também, continuam a provocar desequilíbrios emocionais em todos nós.
Apesar do Instituto Nacional de Estatística apresentar uma taxa de desemprego de 5,6%, a taxa real de desemprego em Portugal pode ultrapassar os 14%, segundo o Jornal EXPRESSO. A pandemia levou milhares de pessoas para o desalento.
Onde entra a fé na superação destas pessoas? Acreditar numa força divina terá influência na felicidade?
Deixar calar a fé é perder-se. Buscar respostas no intangível salva. Se acreditar reduz o medo e a ansiedade, então tem naturalmente influência na nossa saúde física e mental e consequentemente na nossa felicidade.
Sabemos que o stress está intimamente ligado a outras doenças como hipertensão, doenças cardiovasculares, colesterol, deficiências no sistema imunitário, alzheimer, AVCs, depressão, obesidade, tensão muscular, perda da líbido, etc. A busca da paz interior através da fé pode ajudar a equilibrar a nossa saúde, as emoções, e até a encontrar as soluções para um cenário espinhoso.
Este grito de esperança de que algo nos protege ou que desenha um caminho necessário alivia de fato o fardo dos dias. Esta espiritualidade é uma forma de liberdade, a procura de um sentido para a vida, e podemos até encontra-la no ateísmo.
Tanto ouvimos que a fé move montanhas, e por certo move, relaxa as barreiras do pensamento e o pensamento define a vida que temos. Ter fé é como não depender da sorte, desta forma os dias tornam-se mais leves e assim mais felizes, gerando a coragem necessária para ir em frente.
A fé pode ter uma forma, um dogma, mas essencialmente uma convicção, uma certeza, ou até mesmo a confiança em nós próprios.
Parafraseando William Osler, médico canadiano, designado como o pai da medicina moderna, a fé despeja uma inesgotável torrente de energia.
Existem vários estudos científicos acerca da utilização da fé para aumentar a resiliência humana. Tomo como exemplo um dos maiores centros académicos de cirurgia cardiovascular no Brasil, Instituto Dante Pazzanese, que defende que a fé reduz o risco de morte em 30%.
Existe uma maior satisfação, otimismo, harmonia e, portanto, menos desespero diante das adversidades por pessoas de fé.
Augusto Cury, psiquiatra, professor e escritor fala da fé como transcendente à lógica, a resposta ao vazio existencial. Defende igualmente o poder da gratidão e o conhecimento da alma humana.
A fé desenvolve o altruísmo, a compaixão, o perdão, o milagre da vida. Não é obviamente dissociável do AMOR, a maior força da natureza, onde encontramos o verdadeiro equilíbrio e felicidade.
Posso então dizer que numa época em que as incertezas são dantescas, ter fé pode tranquilizar os corações inquietos, por isso acreditem e amem. AMÉN