A Europa e os EUA não podem dar sinais contraditórios, perante a nova vaga de refugiados afegãos, despidos de bens e à míngua de pão e paz, na expectativa de ter um lugar para morar, sem a ameaça de morte violenta.
Se não fizerem a sua obrigação humanista abrem a porta ao radicalismo extremista e aos facínoras do estado islâmico que já instalaram o terror e o medo entre as suas próprias populações.
Neste contexto, a censura não se deve dirigir ao cidadão comum, mas a quem o colocou entre a espada e a parede e lhe fechou a porta à compreensão humana.
Subordinar a vida coletiva à discussão dos lucros escandalosos dos agiotas e “remuneração dos acionistas” faz com que, por exemplo, o petróleo baixe 40% nos mercados e o preço por litro para o consumidor, suba uns quantos cêntimos.
Estamos a falar de pessoas como nós, de seres humanos a fugir da tortura e da violência religiosa, racial, de género, etc.
A União Europeia e os EUA criaram um atoleiro afegão e dele, por paradoxal que isso pareça, não podem sair a nado, sem sujar as botas, de avião ou assalto, como se viu em Cabul, por parte dos militares ocidentais no Afeganistão.
O exemplo vai andar uns anos por aí, como um elefante numa loja de porcelana…
(Fotos DR)