Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), os cinco países com maior esperança de vida são o Japão, a Espanha, a Suíça – mais de 83 anos – a Austrália e Singapura – ambos com 82,9 anos.
Até 2040, a esperança média de vida vai aumentar em quase todos os países do mundo, segundo um novo estudo da Universidade de Washington que coloca Portugal e a Itália na sexta posição do ranking com 84,5 anos.
O número de anos de vida depende muito do desenvolvimento do sistema de saúde existente em cada país e do respetivo nível de acesso dos cidadãos.
Já os cinco países com menos esperança de vida são o Lesoto (52,9); a República Centro-Africana, a Serra Leoa, o Chade e a Costa do Marfim (54,6). As diferenças ente países, em pleno século XXI, na Era da Globalização, são colossais.
Todavia, as diferenças internas não são menos expressivas e merecedoras da nossa atenção. Por exemplo, nos Estados Unidos, um homem branco tem a expectativa de viver mais sete anos do que um negro porque estes têm menos recursos financeiros para poderem curar-se ou cuidar-se, alimentarem-se adequadamente e estão mais sujeitos a morrer violentamente.
Em França, o país da igualdade e da fraternidade, os representantes da casta dos 5% mais ricos, que ganham mais de 5.800,00€, vivem mais 13 anos do que os 5% mais pobres, que ganham 500,00€.
Investigações recentes, realizadas no Reino Unido, provam que nascer num determinado bairro influencia negativa ou positivamente a esperança de vida, em função dos níveis de pobreza e desigualdade ou riqueza a que estes cidadãos estão sujeitos.
Em Portugal, embora se tenha vindo a verificar, nos últimos aos, um decréscimo no número de famílias em risco de pobreza, ainda existem dois milhões e duzentos e vinte e três mil pessoas sujeitas a privações e sem capacidade de resposta às necessidades básicas.
As pessoas em risco de pobreza ou de exclusão social vivem maioritariamente na Região Norte (814 mil pessoas =22,8% da população) e Centro (514 mil=23% da população). Também segundo o Instituto Nacional de Estatística (INE), antes de ser feita qualquer transferência social, 89,8 % das pessoas com mais de 65 anos estavam em risco de pobreza. As transferências sociais – pensão de sobrevivência, de velhice, de viuvez (…) – são determinantes para milhares de portugueses. As mulheres são mais atingidas pela pobreza (17,9%) do que os homens (16,6%).
Temos, ainda, um árduo trabalho a fazer para que a qualidade de vida acompanhe a esperança de vida de todos os portugueses e portuguesas, de norte a sul e ilhas, homens e mulheres, novos e velhos, ricos e pobres.