A era dos genocídios

Ontem, um ataque da força aérea israelita a um campo de deslocados em Rafah, precariamente abrigados em tendas de plástico, provocou 45 mortes. O bombardeamento selvagem e cego gerou o que a ONU chamou de “inferno na terra”. Fugas desesperadas, crianças desmembradas, corpos sangrentos e mutilados, cinzas, fogo, exasperação e angústia de quem não tem mais para onde fugir, nem onde se abrigar.

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  • 11:25 | Terça-feira, 28 de Maio de 2024
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Não são de hoje os tempos dos genocídios que, em nome de uma qualquer ideologia – geralmente repugnante, pérfida e falaciosa – exterminam os seus opositores, em massa, aos milhões..

… Como aconteceu no século passado com os 13 milhões de vítimas da Iª Grande Guerra, os 2 milhões da Guerra Civil Espanhola, os 55 milhões da IIª Guerra Mundial, os 3,8 milhões de vietnamitas mortos, os mais de 20 milhões de mortes da era Estaline, os mortos no Kosovo, no Afeganistão, no Sudão, na Síria, na Ucrânia, na Palestina…

Um ror quase incontável de mártires, de padecedores da insânia e desumanidade de um punhado de déspotas.

Ontem, um ataque da força aérea israelita a um campo de deslocados em Rafah, precariamente abrigados em tendas de plástico, provocou 45 mortes. O bombardeamento selvagem e cego gerou o que a ONU chamou de “inferno na terra”. Fugas desesperadas, crianças desmembradas, corpos sangrentos e mutilados, cinzas, fogo, exasperação e angústia de quem não tem mais para onde fugir, nem onde se abrigar.


No parlamento israelita, Netanyahu, com o cinismo desapiedado e cruel que é seu apanágio, resumiu assim a carnificina: “ontem ocorreu um acidente trágico. Estamos a investigar o que aconteceu e vamos tirar conclusões…

Talvez afinal razão tenha Josep Borrell, Chefe da diplomacia da EU quando afirma: “A partir de agora, deixarei de dizer o Governo de Israel, direi o Governo de Netanyahu”

 

(Foto DR)

 

 

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Publicado em Opinião