A SIC passou, há pouco, uma novela “Terra Brava“. Do conjunto dos intérpretes, faziam parte elementos de uma suposta força de segurança, designada “GNP”, em tudo igual à GNR, só o nome é que não. E no interior do quartel, a postura dos “agentes” não ultrapassava o razoável. Suponho que a tutela não tenha autorizado, e bem, o aproveitamento do nome para cenas de ficção e entretenimento. Razões institucionais.
Sei que tudo isto é a brincar. Mas revela um pouco a diferença com que a tutela, a AENPC, encara as duas forças. Uma, protege, cuida da sua imagem. Outra, não quer saber da imagem um pouco “baldas”, desorganizada. E a sua representante, a LBP, não se livra de responsabilidades e não fica bem na fotografia.
Nada, contudo, que me surpreenda no seu laxismo. A autonomia é como a liberdade, não pode servir para tudo. Se o objectivo era promover a imagem dos bombeiros, saiu furado. Bastava repensar os intérpretes e os diálogos para tudo ser diferente. Se pensarmos mais longe, descobrimos que, por cá, ninguém trata da imagem dos bombeiros. E talvez seja mesmo esse o propósito. A mim, custa-me que sejam tratados como uns tipos porreiros, com ar de labregos, que bebem umas “bejecas”. Uma tropa fandanga. Pior imagem, não é possível. E choca-me. Porque sei que os bombeiros não são nada disso.
(Foto DR)