A CMV emprega, emprega, emprega, emprega, emprega, emprega, emprega, emprega, emprega, emprega, emprega, emprega…

A CMV tem actualmente 1.089 funcionários. Mas também nunca recorreu tanto à externalização dos serviços, num aparente paradoxo de difícil aceitação, o número de funcionários não parando de aumentar, indo já distanciado dos 700 de um passado ainda recente.

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  • 13:14 | Quinta-feira, 05 de Novembro de 2020
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O que não quer dizer que tal afã empregador traga alguma vantagem para os serviços públicos. Antes pelo contrário, se poderá pensar, e perante as factuais constatações que a ninguém escapam no quotidiano que todos vivemos.

Ao que sabemos, este afã, trará até graves prejuízos.

O maior será o de criar uma ineficaz máquina de recursos humanos cujos benefícios não dão para os custos.


Segue-se-lhe a gradual desmotivação dos competentes quadros existentes, que são muitos e que vêem chegar “paraquedistas” a esmo, que assistem a promoções pouco fundamentadas, que já perceberam que o mérito nem sempre será o valor vigente.

A CMV tem actualmente 1.089 funcionários. Mas também nunca recorreu tanto à externalização dos serviços, num aparente paradoxo de difícil aceitação, o número de funcionários não parando de aumentar, indo já distanciado dos 700 de um passado ainda recente.

Por exemplo, de 2017 a 2019 as contas consolidadas de despesa com o pessoal passaram de 11, 947 milhões para 15, 220 milhões, ou seja, um insuportável aumento sem benefícios à vista de 3.223 milhões de euros.
E isto com custos globais que passaram de 49, 450 milhões em 2017 para 56, 990 milhões em 2019. Ou seja, sem que os munícipes consigam perceptibilizar os benefícios, um aumento escandaloso e brutal de custos de 7, 540 milhões.

Ademais, a despesa tem crescido a um ritmo muito superior ao da receita. Tal facto gerará a breve trecho uma situação de insustentabilidade financeira.

Contrapõe ter a receita um grau de imprevisibilidade maior para o futuro, enquanto que, por sua vez, a despesa é rígida e crescente.

Quais os motivos para tal acontecer?

Que herança quererá deixar António Almeida Henriques?

Esta matéria é tão importante que a ela se voltará brevemente.

 

(Foto DR)

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Publicado em Opinião