O que não quer dizer que tal afã empregador traga alguma vantagem para os serviços públicos. Antes pelo contrário, se poderá pensar, e perante as factuais constatações que a ninguém escapam no quotidiano que todos vivemos.
Ao que sabemos, este afã, trará até graves prejuízos.
O maior será o de criar uma ineficaz máquina de recursos humanos cujos benefícios não dão para os custos.
Segue-se-lhe a gradual desmotivação dos competentes quadros existentes, que são muitos e que vêem chegar “paraquedistas” a esmo, que assistem a promoções pouco fundamentadas, que já perceberam que o mérito nem sempre será o valor vigente.
A CMV tem actualmente 1.089 funcionários. Mas também nunca recorreu tanto à externalização dos serviços, num aparente paradoxo de difícil aceitação, o número de funcionários não parando de aumentar, indo já distanciado dos 700 de um passado ainda recente.
Ademais, a despesa tem crescido a um ritmo muito superior ao da receita. Tal facto gerará a breve trecho uma situação de insustentabilidade financeira.
Contrapõe ter a receita um grau de imprevisibilidade maior para o futuro, enquanto que, por sua vez, a despesa é rígida e crescente.
Quais os motivos para tal acontecer?
Que herança quererá deixar António Almeida Henriques?
Esta matéria é tão importante que a ela se voltará brevemente.
(Foto DR)