Quando em Viseu procuramos uma resposta para consultar ou tratar um animal de estimação há múltiplas opções, mas quase todas privadas. Existe também uma espécie de PPP (Parceria Público-Privada), de âmbito municipal entre a Câmara Municipal de Viseu e o Cantinho dos Animais Abandonados, que daria toda uma crónica de prós e contras, uma vez que esta área dos animais suscita, quase sempre, acaloradas trocas de opiniões.
No veterinário municipal, o nosso animal de estimação apenas tem acesso a cuidados simples de vacinação ou de colocação de um chip. No entanto, se o nosso animal precisar de cuidados veterinários mais avançados, como seja, a realização de exames, teremos de encontrar forçosamente a solução num consultório ou clínica privada, o que nem sempre é para todas as bolsas.
No entanto, se o veterinário municipal tiver de efetuar uma operação de castração de um macho (cão ou gato) ou laqueação de uma fêmea, situação mais ou menos comum junto de animais errantes para depois os devolver ao seu meio natural, simplesmente se constata que estas operações não podem ser feitas devido à falta de condições físicas para a realização das mesmas.
Contudo, existem em Viseu dois sanitários destinados a canídeos, Parque Aquilino Ribeiro e Parque da Radial de Santiago, que custaram cerca de 20 mil euros, e que são uma completa inutilidade e um desperdício de dinheiros públicos.
Entre o Parque para Canídeos, criado junto ao Rio Pavia, que custou cerca de 70 mil euros e as duas casas de banho, a Câmara Municipal de Viseu gastou cerca de 100 mil euros.
Contas feitas, continua-se a gastar imenso dinheiro todos os anos sem que exista, em Viseu, uma infraestrutura municipal condigna para a prestação de cuidados aos animais de estimação e errantes.